Como as coisas são engraçadas. Ainda tô fazendo a seção de cinema do CapitalGaúcha e acabei de chegar num filme chamado 'Aqueles Dois', de Sérgio Amon.
Não vi o filme, mas o título me pareceu familiar - e era. Lendo mais, eu vi que o filme é inspirado em um dos contos mais belos do Caio Fernando Abreu (na verdade, é um dos únicos textos do CFA que não te faz querer cortar os pulsos), é uma singela história de amor entre dois homens.
E no Terra, como em qualquer outro granda veículo de comunicação, a resistência em dizer que se trata de uma história de amor homossexual é gigantesca. O que eles dizem?
"Raul e Saul são duas pessoas simples, sensíveis, solitárias, e se conhecem no primeiro dia de trabalho em uma repartição pública. Raul vem de um casamento frustrado e Saul, de um noivado tão interminável."
Tudo implícito, quase que imperceptível. Escrito assim, tão bem acabado quanto um carro alegórico de escola de samba gaúcha. Infelizmente não há como culpar os veículos de comunicação pois a grande maioria dos homossexuais fazem questão de se jogarem dentro dos armários. Pelo menos sempre fiz a minha parte, sendo eu mesmo (o que me dá o completo direito de criticar)
Não acredito! a Mary trouxe pra colocar aqui na nossa sala esse quadrinho, tamanho " sala do Mulder"
